O
Brasil é um dos 27 países finalistas do The Venture, uma competição mundial com
empresas de responsabilidade social e tecnologia, cuja final acontecerá em 14
de julho, em Nova York. E vem de Pernambuco a representante do país na disputa
pelo prêmio de US$ 1 milhão. A startup Epitrack concorre com um projeto que
busca acelerar o diagnóstico do câncer por meio de biossensores.
Ao
se depararem com o desafio de criar novas formas de proporcionar o bem-estar
coletivo, três pernambucanos que integram essa startup criada em 2013
inscreveram na competição, no fim do ano passado, um projeto para detectar
precocemente indícios de alguns tipos de câncer. Isso seria possível por meio
da utilização de biossensores para o reconhecimento de células cancerígenas no
sangue antes mesmo da formação do tumor.
“Nos
meios tradicionais, o diagnóstico é feito quando o câncer já está instalado. Já
o biossensor trabalha com a lógica de marcadores macromoleculares, que
identificam o risco de ter a doença antes mesmo do desenvolvimento do tumor”,
explica o biomédico e epidemiologista Onício Leal, que é sociofundador da
startup que desenvolve o projeto e venceu outras três empresas na seletiva
nacional.
A
ideia é oferecer à população um instrumento semelhante ao glicosímetro,
disponível nas farmácias para a detecção do nível de glicose no organismo.
“Nesse aparelho, a pessoa colocaria uma gota de sangue e essa peça se
conectaria a um hardware. Este se comunica com um aplicativo em um smartphone,
e o resultado sobe para a nuvem, possibilitando a análise dos resultados de
forma inteligente do ponto de vista epidemiológico”, complementa.
Do
desenvolvimento desse instrumento até à sua disponibilização ao usuário final,
seriam necessários aproximadamente oito anos, segundo Jones Albuquerque, PhD em
Ciência da Computação e chefe de conhecimento da Epitrack. “Nosso projeto tem
um apelo social muito forte, que é possibilitar o empoderamento das pessoas,
que poderão ter o livre acesso à informação de se possuem a doença ou não. E
essa premiação é uma oportunidade de financiarmos esse projeto e torná-lo algo
real”, ressalta.
O
projeto, que tem parceria com o Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami
(Lika) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), tem como objetivo inicial
detectar antecipadamente indícios de três tipos de câncer: de mama, do útero e
de próstata.
“Quanto
mais cedo o câncer é identificado, mais fácil ele será enfrentado. Estamos
gerando a oportunidade de um diagnóstico extremamente precoce e queremos
utilizar a tecnologia a favor dessa antecipação. Com o valor da premiação,
poderíamos investir nas áreas de computação, epidemiologia e laboratorial”,
explica a fisioterapeuta epidemiologista Juliana Perazzo, chefe financeira da
Epitrack.
Votação popular
Um
quarto da premiação total, ou US$ 250 mil, será distribuído entre os projetos
mais inspiradores, escolhidos por votação popular na internet. Essa etapa tem
início no dia 9 de maio e vai até 13 de junho. Cada empresa que participa da
disputa receberá um percentual desse valor, que será proporcional à quantidade
de votos recebidos a cada semana. O projeto vencedor dos US$ 750 mil restantes
será escolhido pelo júri técnico da competição.
FONTE: http://cfbm.gov.br/pe-disputa-premio-mundial-com-projeto-de-deteccao-precoce-do-cancer/
FONTE: http://cfbm.gov.br/pe-disputa-premio-mundial-com-projeto-de-deteccao-precoce-do-cancer/
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