Ana Beatriz Giles
Guimarães
Faculdade Integrada de Pernambuco
Faculdade Integrada de Pernambuco
Luanna de Ângelis Correia de Souza
Faculdade Integrada de Pernambuco
Faculdade Integrada de Pernambuco
Vanessa de Vasconcelos Fernandes
Faculdade Integrada de Pernambuco
RESUMO
O
conteúdo desta pesquisa foi desenvolvido com a finalidade de adquirir e
aprimorar conhecimentos relacionados ao câncer leucemia. Serão exploradas
informações relacionadas ao conceito, tratamento e diagnostico, relacionando-os
com o papel do profissional da biomedicina, fazendo com que haja um nível de
entendimento abrangente sobre o que, em que, e como realizará suas devidas
funções em relação aos aspectos que envolvem a doença.
Palavras-chave: Estudo; Patologia;
Sangue.
INTRODUÇÃO
A
leucemia é uma doença maligna do sangue que tem seu inicio na medula óssea. O
processo de formação das células sanguíneas é interrompido e os blastos
(células jovens) não conseguem evoluir para células maduras (neutrófilos,
eosinófilos, basófilos, linfócitos e monócitos) como as que temos habitualmente
no sangue periférico. Essas células se multiplicam e vivem mais tempo, porém
quando a divisão não ocorre, elas se acumulam na medula óssea e logo apos
passam para o sangue periférico. Como se acumulam na medula fica mais difícil o
amadurecimento das células normais. Os principais sintomas da leucemia decorrem do acúmulo dessas células na
medula óssea, prejudicando ou impedindo a produção dos glóbulos vermelhos
(causando anemia), dos glóbulos brancos (causando infecções)
e das plaquetas (causando hemorragias). Depois de instalada, a doença progride
rapidamente, exigindo com isso que o tratamento seja iniciado logo após o
diagnóstico e a classificação da leucemia.
Recentemente a Universidade de Tübingen, em conjunto com os
pesquisadores Joachim Wahl e Heike Scherf, apresentou os resultados do estudo
feito em um esqueleto desenterrado num cemitério neolítico em 1982,
diagnosticado como o mais antigo caso de leucemia conhecido, a mulher teria
entre 30 a 40 anos, segundo contam os seus ossos, e sofria, além da leucemia
que lhe terá roubado a vida, de uma inflamação nos alvéolos dos dentes e de
cáries dentárias. Foram examinados vários ossos do esqueleto com o sistema de
tomografia computorizada de alta resolução e foi encontrada uma perda invulgar
do tecido interior do osso – o osso esponjoso – na parte de cima do úmero
direito e no esterno. Comparações com esqueletos de mesma idade, além de muitos
outros testes levaram os pesquisadores a constatação de que a mesma é o
registro mais antigo da doença, cerca de 7000 anos.
LEUCEMIA, CITOLOGICAMENTE FALANDO.
A leucemia é uma neoplasia maligna (câncer) dos glóbulos
brancos, as células que compõe nosso sistema de defesa contra invasores.
Existem 4 tipos principais de leucemia, conhecidas como leucemia mielóide
aguda (LMA), leucemia mielóide crônica (LMC), leucemia linfocítica aguda
(LLA), leucemia linfocítica crônica (LLC).
O QUE SÃO LEUCÓCITOS?
Os glóbulos brancos, ou leucócitos, são células
produzidas na medula óssea (tutano) e presentes no sangue, nos sistema
linfático (gânglios e linfa) e em órgãos como fígado e baço. Têm como função
básica a defesa do organismo contra invasores, seja atacando-os diretamente, ou
pela produção de anticorpos.
Todos os dias nascem e morrem leucócitos. A nossa
medula óssea produz em média 100 milhões de leucócitos por dia, o que mantém
uma concentração normal variando entre 4.000 a 11.000 células em cada mililitro
de sangue.
Quando ocorre uma infecção, o corpo passa a
produzir mais leucócitos para aumentar as nossas defesas, voltando aos níveis
normais após resolução do quadro. Em casos de infecção, a concentração
sanguínea de leucócitos aumenta, em geral, até 20.000 células por ml.
A leucemia se caracteriza pela produção excessiva e
inapropriada de leucócitos defeituosos, ultrapassando, normalmente em muito, os
valores sanguíneos normais ou esperados para casos de infecção. Algumas
leucemias podem se apresentar com mais de 100 mil leucócitos/ml.
Existem 5 tipos diferentes de leucócitos:
·
Neutrófilos;
·
Eosinófilos;
·
Basófilos;
·
Linfócitos;
·
Monócitos.
Dentro da nossa
medula óssea existem células mães, (chamadas de célula-tronco ou célula
precursora, que darão origem a todas as células circulantes no sangue,
nomeadamente leucócitos glóbulos brancos), plaquetas e hemácias (glóbulos
vermelhos).
A célula-tronco se divide
primeiramente em dois grupos: Células mielóides e células linfóides.
As células primordiais, mielóides, vão
se desenvolver e dar origem aos:
·
Leucócitos
da linhagem neutrófilos, eosinófilos, basófilos e monócitos;
·
Hemácias
ou eritrócitos (glóbulos vermelhos);
·
Plaquetas.
As células primordiais linfóides darão
origem aos:
·
Leucócitos
da linhagem linfócitos (linfócitos B e linfócitos T)
Cada uma das linhagens descritas acima
pode se transformar em câncer, o que justifica a existência de diferentes tipos
de leucemia.
OBS: Apesar de a leucemia ser uma doença basicamente dos
leucócitos, é possível haver leucemias da série mielóide afetando as plaquetas
ou as hemácias.
TIPOS DE LEUCEMIA
As
Leucemias estão divididas em quatro grupos conforme são classificadas em:
Crônicas ou agudas. Mieloides ou linfocíticas, segundo a sua evolução clínica.
São, também, subdivididas em relação ao tipo de células que prolifera, de forma
à tornar-se mais fácil estabelecer prognósticos e o tratamento mais adequado a
cada paciente.
·
LMA
– Leucemia Mielóide Aguda
·
LMC
– Leucemia Mielóide Crónica
·
LLA
- Leucemia Linfocítica Aguda
·
LLC
- Leucemia Linfocítica Crónica
·
Leucemia
mieloblástica aguda (LMA):
Começa nas células
que deveriam se transformar normalmente em glóbulos brancos, porém, se
transformam em outros tipos de células. Estas células imaturas, também chamadas
“blastos”, continuam a reproduzir-se e a acumular-se. A designação de “aguda”
se refere à rapidez com que se desenvolve este tipo de leucemia.
·
Leucemia
linfoboblástica aguda (LLA):
É um dano genético adquirido, portanto, não
hereditário, no DNA de um grupo de células (glóbulos brancos) na medula óssea.
As células doentes substituem a medula óssea normal. Os efeitos são os
crescimentos incontroláveis e o acúmulo dos “linfoblastos” (linfócitos
imaturos) que perdem a capacidade de funcionar como células sanguíneas normais,
levando a um bloqueio ou diminuição na produção de glóbulos vermelhos,
plaquetas e glóbulos brancos na medula óssea.
·
Leucemia
mielóide crónica (LMC):
Resultante de uma alteração no DNA das células-tronco,
ou seja, trata-se de uma alteração no material genético das células
responsáveis por dar origem a todos os componentes do nosso sangue. Ainda não
se sabe ao certo o motivo dessa mutação, mas afirma-se que é uma doença
adquirida. Os glóbulos brancos, por sua vez, ainda
na medula óssea, sofrem uma mutação em dois de seus cromossomos – acontece uma
troca de pedaços de dois cromossomos diferentes, constituindo cromossomos
anormais. O problema é que essas células com os genes alterados começam a se
multiplicar sem controle e se acumular no sangue. Muitas delas ainda conseguem
desempenhar as funções normais, por isso os sintomas podem demorar a aparecer.
·
Leucemia Linfocítica Crónica (LLC)
A leucemia linfóide crônica
resulta de lesão adquirida no DNA de uma única célula, um linfócito, na medula
óssea. A lesão no DNA da célula confere a ela maior capacidade de crescimento e
sobrevivência, tornando-a anormal e maligna (leucêmica). O resultado desse dano
é o crescimento descontrolado de células linfóides na medula óssea, levando
invariavelmente ao aumento do número de linfócitos no sangue.
DIAGNÓSTICO
De
inicio o médico precisa realizar um exame físico para verificar se existem
alterações, por exemplo, nos gânglios linfáticos, baço e fígado.
Caso
seja percebível uma possível modificação é solicitado um exame de analise
sanguínea mais conhecida como hemograma que se trata de um exame que tem
intuito em contagem e medição das células sanguíneas. Sendo comprovada
alteração no exame se pede uma biopsia feita através de um exame chamado de
mielograma que vem a ser o comprovatório, é um exame radiológico que permite ao
medico visualizar a medula óssea que onde as hemácias e os leucócitos são
produzidos.
Como
são feitos esses exames:
HEMOGRAMA
Trata-se
de um exame que tanto faz a contagem de hemácias quanto as dos leucócitos,
chamados de eritrograma e leucograma:
ERITROGRAMA
Contagem
da série vermelha do sangue, conhecida como hemácias, faz o estudo da:
· Hemoglobina
– proteína das hemácias que transporta oxigênio pelo corpo;
· Hematócrito – porcentagem do sangue ocupado
pelas hemácias;
· Vcm
ou volume corpuscular médio – mede o tamanho da hemácia;
· Hcm ou hemoglobina corpuscular média – peso da
hemoglobina dentro da hemácia;
· Chcm
ou concentração de hemoglobina corpuscular média – concentração de hemoglobina
dentro da hemácia;
· Rdw
– avalia a diferença do tamanho entre as hemácias (pouco usado devido à
especificidade do vcm).
LEUCOGRAMA
Avalia
a série branca do sangue também chamada de leucócitos, que se dividem em:
· Neutrófilos
ou segmentados– leucócito mais comum, especializado no combate de bactérias;
· Basófilos
– menos comum que os demais, pois, trata de processos alérgicos ou inflamação
crônica;
· Eusinófilos
– atua no combate de parasitas e como o basófilo de alergias;
· Linfócitos
– segundo mais comum de leucócitos, pois, além de ser a primeira linha de
defesa contra tumores ou infecções por vírus é responsável pela formação de
anticorpos.
Obs.:
os leucócitos também apresentam no sangue periférico células imaturas camadas
de: promielócitos, mielócitos, metamielócitos e bastonetes, que não devem
aparecer na corrente sanguínea, pois ainda não estão maduras.
EXEMPLO
DE UM HEMOGRAMA REPRESENTADO UM PACIENTE COM LEUCEMIA
Observe
(figura 1) no eritrograma que seu nível de hemácias está bem abaixo devido ao
entupimento da medula pelos leucócitos que impedem a passagem das hemácias, em
consequência disto há a diminuição do hematócrito e da hemoglobina. Já o
leucograma não apresenta nenhum leucócito na corrente sanguínea, cabido ao fato
do seu acumulo na medula, dificultando seu acesso.
MIELOGRAMA
Exame
que permite a visualização da medula espinhal, oferecendo ao médico ver o
delineamento da medula espinhal e de seus nervos.
REALIZAÇÃO:
· O
paciente deita-se de bruços e permanece imóvel;
· Sua
região lombar será limpa com antisséptico;
· Se
aplicar anestesia local para adormecer o local da injeção;
· Uma
agulha será inserida em seu canal vertebral;
· Sendo
assim extraída uma pequena quantidade de liquido cefalorraquidiano (liquido que
circula no espaço intracraniano e na medula espinhal);
· Será
inserido um contraste que permitirá a visualização de sua medula espinhal e
seus nervos através de radiografia e tomografia computadorizada;
· A agulha
retira é só iniciar a radiografia e tomografia.
Encontrando-se
células anormais (figura 2) conhecidas como célula blásticas leucêmica se parte
para os testes derivados nomeados de citogenética e imunofenotipagem.
CITOGENÉTICA
Teste
feito a partir da interrupção da divisão celular no qual se adiciona a
conchihna substância que despolimeriza a tubulina do fuso mitódico bloqueando
as células em metáfase, logo após se é adicionado uma solução salina hipotônica
que provoca inchaço e separação dos cromossomos, enfim se cora a lâmina ou o
meio de cultura com o corante adequado onde se procura com ajuda do microscópio
a metáfase para comparar cada cromossomo com seu par na tentativa de detectar
alterações estruturais ou numéricas.
As
diferenças encontradas (figura 3) são no cromossomo 9 no qual um de seus pares
está extragrande e no 22 que contém um par mais curto que o normal. Tais
alterações são encontradas em pacientes com LMC.
IMUNOFENOTIPAGEM
Realizado
através da citometria de fluxo que mede e analisa propriedades ópticas de um
grande número de células, analisadas durante a marcação por imunofluorescência
(adição e anticorpos conjugados) com diferentes fluorocromo (componente que
permite que a molécula se tone fluorescente) sendo assim excitadas por um laser
que se dispersa para fora das células proporcionando informação sobre o tamanho
da mesma.
TRATAMENTOS
EMPREGADOS
O tratamento tem comumente o objetivo de destruir
as células leucêmicas, para que a medula óssea volte a produzir células
normais.
O
tratamento é feito em várias fases:
A
primeira tem a finalidade de atingir a remissão completa, ou seja, um estado de
aparente normalidade que se obtém após a poliquimioterapia.
São
três:
· Consolidação
(tratamento intensivo com substâncias não empregadas anteriormente);
· Reindução
(repetição dos medicamentos usados na fase de indução da remissão) ;
·
Manutenção (o tratamento é mais brando e
contínuo por vários meses).
MÉTODOS DE TRATAMENTO
O
médico é a pessoa indicada para descrever as possíveis escolhas terapêuticas.
Poderá ainda falar consigo sobre os resultados esperados. Dependendo do tipo e
extensão da doença, a pessoa pode fazer quimioterapia, imunoterapia,
radioterapia, transplante de medula óssea ou a associação de diferentes
tratamentos.
Uma
pessoa com leucemia aguda precisa de ser tratada imediatamente. O objetivo do
tratamento é a remissão do tumor. Depois, quando os sinais e sintomas
desaparecerem, podem ser administrados tratamentos adicionais, para prevenir
uma recidiva. Este tipo de tratamento é chamado de terapêutica de manutenção.
Muitas pessoas com leucemia aguda podem ser curadas.
Uma
leucemia crônica que não apresente sintomas, pode não necessitar de tratamento imediato. Para algumas pessoas com leucemia linfocítica crônica, o médico pode sugerir a vigilância monitorizada. A equipe médica irá monitorizar a saúde da
pessoa, para que o tratamento possa ter início logo que ocorram sintomas, ou se
estes piorarem. Quando é necessário tratamento para a leucemia crônica, muitas
vezes consegue-se controlar a doença e seus sintomas. No entanto, a leucemia crônica raramente pode ser curada. Os doentes podem fazer terapêutica de
manutenção, para ajudar a manter o tumor em remissão.
QUIMIOTERAPIA
A
maioria das pessoas com leucemia faz quimioterapia A quimioterapia consiste na
utilização de fármacos, para matar as células cancerígenas. Dependendo do tipo
de leucemia, pode ser administrado apenas um fármaco, ou uma associação de dois
ou mais fármacos.
As pessoas com
leucemia podem fazer quimioterapia de várias maneiras:
· Administração
oral: em comprimidos.
· Administração
endovenosa: através de uma injeção, dada diretamente numa veia: IV ou
endovenosa.
Através
de um cateter (um tubo fino e flexível): colocado numa grande veia, geralmente
na zona superior do peito; o cateter que fica colocado é útil para doentes que necessitem de muitos tratamentos IV. O profissional de saúde injeta os fármacos
através do cateter. Este método evita a necessidade de muitas injeções, que
podem causar desconforto e danificar as veias e a pele da pessoa.
Estes fármacos podem
ser administrados de duas formas:
Injeção
na coluna: o médico injeta os fármacos na parte inferior da coluna vertebral.
Reservatório
de Ommaya: as crianças, e alguns adultos, recebem a quimioterapia intratecal
através de um cateter especial, chamado reservatório de Ommaya. O médico coloca
o reservatório sob o couro cabeludo, e injeta os fármacos anti-cancerígenos no cateter. Este método evita o desconforto das injeções na coluna vertebral.
A
quimioterapia é, geralmente, administrada por ciclos de tratamento, repetidos
de acordo com uma regularidade específica, de situação para situação. O
tratamento pode ser feito durante um ou mais dias; existe, depois, um período
de descanso, para recuperação, que pode ser de vários dias ou mesmo semanas,
antes de fazer a próxima sessão de tratamento.
Algumas
pessoas com leucemia fazem a quimioterapia em regime de ambulatório (no
hospital, no consultório do médico ou em casa), ou seja, não ficam internadas
no hospital. No entanto, pode ser necessário ficar no hospital, em regime de
internamento, enquanto fazem a quimioterapia.
IMUNOTERAPIA
Alguns
tipos de leucemia, a pessoa faz imunoterapia. Este tipo de tratamento melhora
as defesas naturais do organismo contra o cancro. O tratamento é administrado
por injeção numa veia.
Algumas
pessoas com leucemia linfocítica crónica, recebem imunoterapia, utilizando
anticorpos monoclonais. Estas substâncias ligam-se às células cancerígenas,
permitindo que o sistema imunitário elimine as células tumorais, no sangue e na
medula óssea.
RADIOTERAPIA
A
radioterapia usa raios de elevada energia, para matar as células cancerígenas.
Para a maioria dos doentes, uma máquina dirige a radiação para o baço, cérebro
ou para outras partes do corpo, onde se tenham depositado células tumorais.
Alguns doentes fazem radiação dirigida a todo o corpo; a radiação total ao
corpo é, geralmente, realizada antes de um transplante de medula óssea. A radioterapia
é sempre administrada num hospital ou numa clínica.
TRANSPLANTE DE CÉLULAS ESTAMINAIS
Algumas
pessoas com leucemia fazem transplante de células estaminais. Um transplante de
células estaminais permite o tratamento com doses mais elevadas de fármacos, de
radiação ou de ambos. As doses elevadas destroem tanto as células cancerígenas
como os glóbulos sanguíneos normais da medula óssea. Mais tarde, a pessoa
recebe células estaminais saudáveis, através de um catéter que é colocado numa
grande veia, no pescoço ou na zona do peito. A partir das células estaminais
transplantadas, desenvolvem-se novos glóbulos sanguíneos.
Existem vários tipos
de transplantes de células estaminais:
· Transplante
de medula óssea: as células estaminais provêm da medula óssea.
· Transplante
de células estaminais periféricas: as células estaminais provêm do sangue
periférico.
· Transplante
do sangue do cordão umbilical: para uma criança sem dador, o médico pode usar
as células estaminais do sangue do cordão umbilical. O sangue do cordão umbilical
provém de um bebé recém-nascido. Por vezes, o sangue do cordão umbilical é
congelado, para poder ser usado mais tarde.
As células estaminais
podem ser da própria pessoa, ou de um dador:
· Auto-transplante:
este tipo de transplante usa células estaminais da própria pessoa. As células
estaminais são removidas, e as restantes células podem ser tratadas, para matar
quaisquer células cancerígenas presentes. As células estaminais são congeladas
e armazenadas. Depois de a pessoa receber doses elevadas de quimioterapia ou
radioterapia, as células estaminais armazenadas são descongeladas e
"devolvidas" à pessoa.
· Transplante
alogénico: este tipo de transplante usa células estaminais saudáveis de um
dador. O dador pode ser um irmão, uma irmã, um dos progenitores ou um dador não
familiar, mas compatível. O médico faz análises sanguíneas específicas, para se
assegurar que as células do dador são compatíveis com as da pessoa.
· Transplante
singénico: este tipo de transplante usa células estaminais do gémeo (idêntico)
saudável.
Depois
de um transplante de células estaminais, regra geral a pessoa fica internada,
no hospital, durante várias semanas. Nestes casos, a equipe médica necessita de
proteger a pessoa de qualquer infecção, até que as células estaminais comecem a
produzir glóbulos brancos suficientes.