quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Facipe recebe a 13ª Feira Nordestina de Ciência e Tecnologia – Fenecit

Maior feira científica escolar da região reúne até sábado (23), mais de 180 trabalhos; evento conta com participação de estudantes do México.


Materiais que normalmente seriam jogados no lixo se transformam em experimentos científicos na mão de jovens inventores. Produção de biopetróleo, criação de larvicidas a partir do óleo de girassol, fabricação de plásticos biodegradáveis a partir da casca da mandioca, entre outros.

Os resultados da criatividade e engenhosidade de dezenas de estudantes do Ensino Fundamental, Médio e Técnico de várias partes do Brasil, e do México, serão apresentados ao longo desta semana na 13ª edição da Feira Nordestina de Ciência e Tecnologia – Fenecit.

A mostra científica que inicia nesta terça (19), a partir das 08h, é realizada pelo Colégio Anglo Líder em parceria com a Faculdade Integrada de Pernambuco – Facipe, reúne mais de 180 trabalhos em nove áreas do conhecimento, no câmpus Nossa Sra. do Carmo, na Boa Vista, área central do Recife. Os projetos que mais se destacarem na Fenecit, considerada a maior feira científica escolar da região, serão premiados no sábado (23).

“A feira já é realizada há 12 anos e tem o objetivo de incentivar e difindir a pesquisa científica no ensino básico. Contamos com a participação de estudantes de várias instituições de ensino com projetos interessantes e inovadores”, explica a coordenadora geral da Fenecit, Rosenilda Vilar.

A mostra é dividida em duas fases. A primeira é realizada nas unidades do Colégio Anglo Líder, organizador da feira, onde são apresentados os trabalhos internos. Já a segunda fase, que ocorre na Facipe, recebe projetos de 17 estados brasileiros e do México.

Todos os trabalhados apresentados durante a feira de ciências passarão por avaliação de uma banca examinadora. Os que mais se destacaram serão premiados com medalhas e receberão credenciamento em feiras de conhecimento nacionais e internacionais. A solenidade de premiação dos vencedores acontece ao final do evento, no auditório da Facipe.

A Fenecit tem o apoio do IFPE-PE, da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, Espaço Ciência e Prefeitura do Recife, tendo objetivo despertar nos estudantes dos Ensinos Fundamental; Médio e Técnico e períodos iniciais do nível superior, o interesse pela investigação, produção e saber científico, através da construção e exposição de projetos de pesquisas, além de promover investimentos pessoais na vida dos estudantes (participação em feiras nacionais e internacionais, intercâmbios, bolsas de estudos em escolas particulares, faculdades e universidades).

Mais informações e a programação completa na 13ª Fenecit

terça-feira, 4 de julho de 2017

CRBM 2 e 3 publicam edital de concurso público; remuneração de até R$4,3 mil

Os Conselhos Regionais de Biomedicina da 2ª e da 3ª Região estão com inscrições abertas para concursos públicos que admitirão profissionais de nível médio e superior. Os salários podem chegar a R$ 4,3 mil.
Os cargos disponíveis para o certame no nível superior são para Fiscal Biomédico e Jornalista. Já no nível médio serão admitidos profissionais para as funções de agente administrativo. As taxas de inscrição variam entre R$ 19 e R$ 59.
As oportunidades ofertadas pelo CRBM 2ª Região são para os estados do Recife, Fortaleza e Salvador. Já o CRBM 3ª Região contemplará os estados de Mato Grosso, Tocantins, Distrito Federal, Minas Gerais e Goiânia.
 

Serviço
Inscrições até 5 de julho
Valor: R$ 19
Banca: EPL Concurso
Data da prova: 27 de agosto
Inscrições até 12 de julho
Valor: R$ 49 a R$ 59
Banca: Quadrix Concurso
Data da prova: 6 de agosto
Fonte: CRBM

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Chuvas no estado de Pernambuco

Insgth Biomédico é um blog voltado para área de biomedicina, no entanto as circunstâncias no estado de Pernambuco, nos leva a esta postagem.



Sábado (27) e o domingo (28) trouxeram de volta a esperança para os moradores do interior de Pernambuco. Cidades do Agreste e Mata Sul receberam um grande volume de chuvas, o que não ocorria desde 2010, quando houve a última grande cheia no Estado. No entanto, o grande volume deixou ao menos quatro mil desalojados, vários desabrigados, dois mortos e dois desaparecidos. O governador do estado, Paulo Câmara (PSB), decretou estado de calamidade em 13 municípios.

Em Caruaru, foram mais de 290 mm de chuva, o volume esperado para todo o mês num único dia. A barragem do Rio da Prata, principal manancial, que estava em colapso, dobrou a capacidade. Com o aumento, o reservatório que abastece Caruaru, Agrestina, Santa Cruz do Capibaribe, Ibirajuba, Altinho e Cachoeirinha está com 10 milhões de m³ de água.

Este acréscimo no volume da barragem irá garantir o uso da água até agosto deste ano, conforme informou a Compesa. "A melhoria do nível do Prata é uma boa notícia, pois ainda estamos no meio da quadra chuvosa, e a nossa expectativa é que a barragem acumule mais água no período das chuvas, assim como outros mananciais do estado", afirma o diretor Regional do Interior da Compesa, Marconi de Azevedo.

Em Garanhuns, os três reservatórios que fornecem água para o município também elevaram o volume. A barragem do Cajueiro aumentou o nível de acumulação de 43% para 48% (6,9 milhões de m³ de água); Mundaú subiu de 23% para 35% (696 mil m³); enquanto Inhúmas, que estava em colapso, com 5% da capacidade total, agora subiu para 27% (1,8 milhão m³).

Barragens no Sertão também acumularam água. O manancial Jazigo, localizado em Serra Talhada, voltou a acumular água após seis anos. O reservatório está com 14,8 milhões de m³ de água, o que corresponde a 95,3% da capacidade total, segundo a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac).

FONTE: G1

Viemos através deste informar que, o IFPE (Instituto Federal de Pernambuco) e o Quartel do Derby, além de outros pontos no estado, estão aceitando doações de mantimentos. 



Vamos nos doar ao próximo, afinal ajudar a humanidade de forma cientifica é um dos papeis do biomédico, e  amparar  as pessoas de forma geral, é nosso papel como seres humanos.

terça-feira, 28 de março de 2017

Aulão beneficente

O professor Valdemir França irá ministrar um aulão beneficente na FACIPE no dia 08/04 (sábado) de 08h as 12h.

O aulão acontecerá no prédio de Direito da Faculdade Integrada de Pernambuco, localizada na Rua Barão de São Borja, número 433 no bairro da Soledade, próximo ao colégio Salesiano.

Para se inscrever basta preencher o campo para reservar sua vaga.

Segue o link de inscrição:



segunda-feira, 20 de março de 2017

ESPOROTRICOSE

Devido ao grande alerta sobre a patologia ESPOROTRICOSE, a FIOCRUZ respondeu uma serie de perguntas frequentes sobre o assunto!



  • Como é possível identificar a esporotricose em humanos?


A doença se manifesta na forma de lesões na pele, que começam com um pequeno caroço vermelho, que pode virar uma ferida. Geralmente aparecem nos braços, nas pernas ou no rosto, às vezes formando uma fileira de carocinhos ou feridas. Como pode ser confundida com outras doenças de pele, o ideal é procurar um dermatologista para obter um diagnóstico adequado.

  • A esporotricose atinge quais animais? Como é o contágio?


Embora a esporotricose já tenha sido relacionada a arranhaduras ou mordeduras de cães, ratos e outros pequenos animais, os gatos são os principais animais afetados e podem transmitir a doença para os seres humanos. O fungo causador da esporotricose geralmente habita o solo, palhas, vegetais e também madeiras, podendo ser transmitido por meio de materiais contaminados, como farpas ou espinhos. Animais contaminados, em especial os gatos, também transmitem a doença, por meio de arranhões, mordidas e contato direto da pele lesionada.

  • Os gatos podem transmitir esporotricose para as pessoas?


Sim, por meio de arranhões, mordidas e contato direto com a lesão. Por isso é importante que o diagnóstico seja feito rapidamente e que o animal doente receba o tratamento adequado. Animais doentes não devem nunca ser abandonados. Se isso acontecer, eles vão espalhar ainda mais a doença. Caso suspeite que seu animal de estimação está com esporotricose, procure um médico veterinário para receber orientações sobre como cuidar dele sem correr o risco de ser também contaminado.

  • Quais são os principais sinais clínicos e sintomas da esporotricose em gatos?


Nos gatos, as manifestações clínicas da esporotricose são variadas. Os sinais mais observados são as lesões ulceradas na pele, ou seja, feridas profundas, geralmente com pus, que não cicatrizam e costumam evoluir rapidamente. A esporotricose está incluída no grupo das micoses subcutâneas.

  • Onde levar um gato com suspeita de esporotricose para ser atendido?


O animal com suspeita de esporotricose deve ser levado a uma clínica veterinária. Há atendimentos de baixo custo e alguns gratuitos. No Rio de Janeiro, o animal pode ser encaminhado à Unidade de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman (IJV), que presta atendimento de segunda a sexta-feira, pela manhã e à tarde, com distribuição de números por ordem de chegada. Para mais informações acesse o site http://www.1746.rio.gov.br/ ou ligue para o 1746 da prefeitura. O IJV fica na Avenida Bartolomeu Gusmão 1.120, em São Cristóvão, Rio de Janeiro. O contato é: ijv@rio.rj.gov.br .

A Fiocruz, por meio do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), também oferece atendimento. Para saber como ser atendido na Fiocruz, acesse nossa página de serviços da atendimento a animais. No entanto, o serviço já está trabalhando com sua capacidade esgotada, devido à grande demanda. Isso significa que, por ora, a Fiocruz não pode atender a novos casos.

Sugerimos ainda o contato com a Secretaria Especial de Promoção e Defesa dos Animais - Telefone geral: (21) 3402-0388 (Centro de Proteção Animal). Ouvidoria de atendimento: 3402-5417.

Administração no Centro Administrativo São Sebastião (CASS): 2292-6516.

  • Para qual órgão devo comunicar que existem casos de esporotricose na região onde moro?


Ao Centro de Controle de Zoonoses do seu município. No Rio de Janeiro, o telefone é (21) 3395-1595. Outro contato pode ser feito com a Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro, pelo telefone 1746 ou no site http://www.1746.rio.gov.br/. Caso não exista um setor como esse no seu município, sugerimos que comunique o caso à Secretaria de Saúde, pois é uma doença que pode contaminar os seres humanos.

  • Qual o tratamento indicado para gatos?


O tratamento recomendado, na maioria dos casos em animais, é o antifúngico itraconazol, que deve ser receitado pelo veterinário. A dose a ser administrada deve ser avaliada por esse profissional, de acordo com a gravidade da doença. Mas, dependendo do caso, outros fármacos podem ser usados. De modo geral não é recomendado que se manipule o local das lesões nos animais, pois esse procedimento pode aumentar o risco de infecção nos cuidadores.

Reforçamos: a administração do medicamento só deve ser feita após avaliação veterinária.

  • Que cuidados podem evitar a transmissão?


Uma boa higienização do ambiente pode ajudar a reduzir a quantidade de fungos dispersos e, assim, novas contaminações. É também importante não manusear demais o animal, usar luvas e lavar bem as mãos. Em caso de morte dos animais doentes, não se deve enterrar os corpos, e sim incinerá-los, para evitar que o fungo se espalhe pelo solo.

  • Qual o tratamento indicado para humanos?


O tratamento recomendado, na maioria dos casos humanos, é o antifúngico itraconazol, que deve ser receitado pelo médico. A dose a ser administrada deve ser avaliada por esse profissional, de acordo com a gravidade da doença. Mas, dependendo do caso, outros fármacos podem ser usados. Reforçamos: a administração do medicamento só deve ser feita após avaliação médica.

  • Como conseguir o medicamento? A Fiocruz oferece gratuitamente?


É possível comprá-lo em farmácias de todo o país. O fornecimento de medicamentos pela Fiocruz é restrito àqueles pacientes que estão regularmente matriculados, bem como aos animais que estão em acompanhamento no Laboratório de Pesquisa Clínica em Dermatozoonoses em Animais Domésticos.

  • Quanto tempo dura o tratamento?



Dependendo do caso, o tratamento pode durar meses ou mais de um ano. É muito importante que o tratamento seja seguido à risca.

  • Já existe ou está sendo desenvolvida alguma vacina contra a esporotricose?


Não existe vacina contra a esporotricose, mas alguns estudos vêm sendo desenvolvidos.

DISPONÍVEL EM: FIOCRUZ

domingo, 11 de dezembro de 2016

FACIPE - Descubra como é vantajoso estudar na FACIPE

A FACIPE é conceito 4 em Biomedicina no MEC, venha construir seu futuro acadêmico conosco!



Combater os inimigos invisíveis, agentes causadores de enfermidades, será seu trabalho diário. O biomédico estuda os micro-organismos causadores das doenças, identificando medicamentos para combatê-los.

A ampliação da participação da área de conhecimento biomédico na vida acadêmica da região nas atividades de pesquisa e de extensão, no SUS e da própria necessidade social, justifica a formação de profissionais Biomédicos no Estado de Pernambuco.


  • Mercado de trabalho


O mercado de trabalho é amplo e está em constante crescimento. O biomédico pode atuar em hospitais, laboratórios públicos e privados, centros de pesquisa, instituições de ensino superior. As áreas mais procuradas da biomedicina são as análises clínicas, citologia oncótica, biologia molecular e imagenologia (Medicina Nuclear e Ressonância Magnética).

Este profissional pode exercer a atividade de pesquisador, desenvolvendo processos biotecnológicos e no desenvolvimento de novos produtos, utilizando os mais recentes recursos e técnicas da engenharia genética e iologia molecular. Também atua no tratamento biológico de resíduos industrais, na automação e controle de bioprocessos.

Além disso pode exercer o controle de qualidade de alimentos, animais e microorganismos transgênicos na indústria de alimentos e bebidas, especialmente onde os produtos são obtidos por via fermentativa. Poderá também atuar no aumento e aperfeiçoamento da produção animal e vegetal, no saneamento e controle das zoonoses, utilização de organismos para mitigar 





sábado, 8 de outubro de 2016

O pé diabético e suas complicações

Ítalo Batista Ventura da Silva -  Acadêmico do 2º período de Biomedicina



O diabetes é uma afecção muito complexa que há milênios assola a humanidade. Hoje com o avanço tecnológico e a evolução da medicina moderna é possível, para quem tem a doença, conviver muito bem e com muita qualidade de vida com o diabetes. Mas nem sempre foi assim. Existem documentos que relatam o quanto as pessoas sofriam por causa da enfermidade quando esta não era compreendida fisiologicamente, como um escrito dos Aretaeus do Século II D.C. que diz “O diabetes é uma aflição horrorosa, não muito frequente entre os homens, em que as carnes, os braços e as pernas se derretem na urina. Os doentes nunca param de urinar, e o fluxo é incessante como a abertura de um aqueduto. A vida é pequena, desagradável e dolorosa”.

Por definição do Internacional Consensus on the diabetic foot by the Internacional Working Group on the diabetic foot, "Pé Diabético" é a infecção, ulceração e/ou destruição de tecidos profundos associados com anormalidades neurológicas e vários graus de doença vascular periférica no membro inferior. Ou seja, o fato de um indivíduo ser diabético não significa que este possua o pé diabético, pois as condições que o definem são obrigatoriamente as que foram anteriormente citadas.



 Figura 2 - Distribuição do percentual de diabéticos no Brasil por gênero

A Pesquisa Nacional de Saúde, realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com o IBGE, mostra que o diabetes atinge 9 milhões de brasileiros – o que corresponde a 6,2% da população adulta. As mulheres (7%) apresentaram maior proporção da doença do que os homens (5,4%) – 5,4 milhões de mulheres contra 3,6 milhões de homens. Os percentuais de prevalência da doença por faixa etária são: 0,6% entre 18 a 29 anos; 5% de 30 a 59 anos; 14,5% entre 60 e 64 anos e 19,9% entre 65 e 74 anos. Para aqueles que tinham 75 anos ou mais de idade, o percentual foi de 19,6%.
  • 1% dos diabéticos serão submetidos à amputação.
  • A causa mais frequente de internação de diabéticos é devido a transtornos nos pés.
  • Após a cicatrização a probabilidade de reincidência de lesão nos pés é de 50% em dois anos.
  • Após uma amputação, a probabilidade de amputação contralateral é de 6% a 15% ao ano, e de 56% em cinco anos.




Figura 3 - Lesão vascular, aterosclerose

O pé diabético pode ser classificado de acordo com as suas características, que podem ser infeccioso, neuropático, isquêmico ou osteoarticular. Podendo estas afecções serem isoladas ou associadas como:

  • Neuropatia pura – quando um paciente chega a determinados graus do diabetes pode desenvolver a perda da sensibilidade, que pode ser tátil, pressórica, vibratória, dolorosa ou térmica, ou a perda de mais de uma ao mesmo tempo.
  • Isquemia pura – Ocorre quando o paciente tem obstrução arterial nos grandes vasos do membro inferior, com isso o aporte sanguíneo para os membros inferiores fica diminuído, o que complica a nutrição dos tecidos e as trocas gasosas que garantem a vida das células. Esta diminuição do oxigênio chama-se hipóxia, quando está muito severa chama-se anóxia, neste momento morrem as células e formam-se feridas, normalmente em pontos de pressão e atrito.
  • Infecção pura – Ocorre quando o paciente tem uma cicatrização tardia, por isso propensão do desenvolvimento de infecções é maior, porque as feridas passam muito tempo abertas, este fenômeno associado à hiperglicemia complica em muito o quadro infeccioso, dessa maneira as infecções em pés diabéticos se manifestam e proliferam 3 à 5 vezes mais rápido que em não diabéticos.
  • Neuropatia e infecção – Os dois fenômenos estão associados.
  • Isquemia e infecção - Os dois fenômenos estão associados.
  • Neuropatia e isquemia - Os dois fenômenos estão associados.
  • Neuropatia, infecção e isquemia – Mais grave condição, pois os três fenômenos estão associados.
  • Osteoarticular – esta condição está associada ao desvio das articulações como dedos em garra, dedos em martelo ou joanetes, em casos mais graves está relacionado com a polineuroartropatia de Charcot. Exige o tratamento medicamentoso e ortésico com palmilhas, órteses padding ou órteses de silicone. O tratamento cirúrgico muitas vezes se faz necessário, o pós operatório normalmente é muito delicado e envolve grande risco de infecção e novas amputações no mesmo seguimento do coto.

                                         

Figura 4 - ulcera medial ao calcâneo em paciente isquêmico

O pé diabético é um problema multifatorial que carece de um tratamento interdisciplinar, não sendo conveniente que nenhuma área do conhecimento que possa beneficiar o paciente seja negligenciada. Neste caso não há espaços para o corporativismo, tendo em vista apenas o bem estar do paciente.


                                             

Figura 5 - Pontos de avaliação para o monofilamento no pé de pacientes diabéticos com suspeita de neuropatia.

O tratamento podológico consiste basicamente na prevenção nos casos em que o paciente não teve nenhum caso de amputação, e pós operatório para os casos de pacientes amputados, bem como a proteção ortésica do coto dos pacientes recuperados de amputação. A prevenção se faz por meio de avaliação dermatológica a fim de determinar a presença de lesões elementares que possam causar algum prejuízo à saúde do diabético. Realizam-se testes de avaliação neurológica dos reflexos tendinosos e somatossensoriais, avaliação vascular com o cálculo do ITB (Índice Tornozelo Braço), a fim de identificar a presença de isquemia, avaliação ortopédica e postural da qualidade da deambulação e goniometria para determinar a amplitude de movimento articular. Avalia-se ainda a distribuição do peso do corpo sobre a planta dos pés por meio de plantigrafia, fotopodoscopia e baropodometria computadorizada. Com todo este arsenal se pode confeccionar órteses muito mais precisas, funcionais e adaptáveis.
                                                     

Figura 6 - Plantígrafo




Figura 7 - Podoscópio



 Figura 8 - Baropodometria computadorizada

No pós operatório, o paciente amputado é submetido ao acompanhamento criterioso dos curativos domésticos e os diferentes tipos de coberturas ali realizados, orientação familiar sobre os cuidados domésticos com a ferida, cuidados ambulatoriais para ajudar a estimular a cicatrização como o uso de fototerapia (LASER e LED), eletroterapia (TENS, microcorrentes, alta frequência), oxigênioterapia ou ozônioterapia entre tantas outras modalidades terapêuticas complementares.




 Figura 10 – Pós operatório em paciente amputado. Tratamento realizado com fototerapia a laser

E por fim a proteção ortésica, que consiste na confecção de diferentes tipos de órteses que facilitam a utilização de calçados e próteses, a fim de que os pacientes não sofram lesões recorrentes.


 Figura 11 - Ortoplastia aplicada em calo interdigital para prevenir ulceração





Figura 12 - Confecção de órteses plantares (palmilhas)


Referências:
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