Devido ao grande alerta sobre a patologia ESPOROTRICOSE, a FIOCRUZ respondeu uma serie de perguntas frequentes sobre o assunto!
- Como é possível identificar a esporotricose em humanos?
A
doença se manifesta na forma de lesões na pele, que começam com um pequeno
caroço vermelho, que pode virar uma ferida. Geralmente aparecem nos braços, nas
pernas ou no rosto, às vezes formando uma fileira de carocinhos ou feridas.
Como pode ser confundida com outras doenças de pele, o ideal é procurar um
dermatologista para obter um diagnóstico adequado.
- A esporotricose atinge quais animais? Como é o contágio?
Embora
a esporotricose já tenha sido relacionada a arranhaduras ou mordeduras de cães,
ratos e outros pequenos animais, os gatos são os principais animais afetados e
podem transmitir a doença para os seres humanos. O fungo causador da
esporotricose geralmente habita o solo, palhas, vegetais e também madeiras,
podendo ser transmitido por meio de materiais contaminados, como farpas ou
espinhos. Animais contaminados, em especial os gatos, também transmitem a
doença, por meio de arranhões, mordidas e contato direto da pele lesionada.
- Os gatos podem transmitir esporotricose para as pessoas?
Sim,
por meio de arranhões, mordidas e contato direto com a lesão. Por isso é
importante que o diagnóstico seja feito rapidamente e que o animal doente
receba o tratamento adequado. Animais doentes não devem nunca ser abandonados.
Se isso acontecer, eles vão espalhar ainda mais a doença. Caso suspeite que seu
animal de estimação está com esporotricose, procure um médico veterinário para
receber orientações sobre como cuidar dele sem correr o risco de ser também
contaminado.
- Quais são os principais sinais clínicos e sintomas da esporotricose em gatos?
Nos
gatos, as manifestações clínicas da esporotricose são variadas. Os sinais mais
observados são as lesões ulceradas na pele, ou seja, feridas profundas,
geralmente com pus, que não cicatrizam e costumam evoluir rapidamente. A
esporotricose está incluída no grupo das micoses subcutâneas.
- Onde levar um gato com suspeita de esporotricose para ser atendido?
O
animal com suspeita de esporotricose deve ser levado a uma clínica veterinária.
Há atendimentos de baixo custo e alguns gratuitos. No Rio de Janeiro, o animal
pode ser encaminhado à Unidade de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman (IJV),
que presta atendimento de segunda a sexta-feira, pela manhã e à tarde, com distribuição
de números por ordem de chegada. Para mais informações acesse o site
http://www.1746.rio.gov.br/ ou ligue para o 1746 da prefeitura. O IJV fica na
Avenida Bartolomeu Gusmão 1.120, em São Cristóvão, Rio de Janeiro. O contato é:
ijv@rio.rj.gov.br .
A Fiocruz, por meio do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), também oferece atendimento. Para saber como ser atendido na Fiocruz, acesse nossa página de serviços da atendimento a animais. No entanto, o serviço já está trabalhando com sua capacidade esgotada, devido à grande demanda. Isso significa que, por ora, a Fiocruz não pode atender a novos casos.
Sugerimos
ainda o contato com a Secretaria Especial de Promoção e Defesa dos Animais -
Telefone geral: (21) 3402-0388 (Centro de Proteção Animal). Ouvidoria de
atendimento: 3402-5417.
Administração
no Centro Administrativo São Sebastião (CASS): 2292-6516.
- Para qual órgão devo comunicar que existem casos de esporotricose na região onde moro?
Ao
Centro de Controle de Zoonoses do seu município. No Rio de Janeiro, o telefone
é (21) 3395-1595. Outro contato pode ser feito com a Vigilância Sanitária do
Rio de Janeiro, pelo telefone 1746 ou no site http://www.1746.rio.gov.br/. Caso
não exista um setor como esse no seu município, sugerimos que comunique o caso
à Secretaria de Saúde, pois é uma doença que pode contaminar os seres humanos.
- Qual o tratamento indicado para gatos?
O
tratamento recomendado, na maioria dos casos em animais, é o antifúngico
itraconazol, que deve ser receitado pelo veterinário. A dose a ser administrada
deve ser avaliada por esse profissional, de acordo com a gravidade da doença. Mas,
dependendo do caso, outros fármacos podem ser usados. De modo geral não é
recomendado que se manipule o local das lesões nos animais, pois esse
procedimento pode aumentar o risco de infecção nos cuidadores.
Reforçamos: a administração do
medicamento só deve ser feita após avaliação veterinária.
- Que cuidados podem evitar a transmissão?
Uma
boa higienização do ambiente pode ajudar a reduzir a quantidade de fungos
dispersos e, assim, novas contaminações. É também importante não manusear
demais o animal, usar luvas e lavar bem as mãos. Em caso de morte dos animais
doentes, não se deve enterrar os corpos, e sim incinerá-los, para evitar que o
fungo se espalhe pelo solo.
- Qual o tratamento indicado para humanos?
O
tratamento recomendado, na maioria dos casos humanos, é o antifúngico
itraconazol, que deve ser receitado pelo médico. A dose a ser administrada deve
ser avaliada por esse profissional, de acordo com a gravidade da doença. Mas,
dependendo do caso, outros fármacos podem ser usados. Reforçamos: a
administração do medicamento só deve ser feita após avaliação médica.
- Como conseguir o medicamento? A Fiocruz oferece gratuitamente?
É
possível comprá-lo em farmácias de todo o país. O fornecimento de medicamentos
pela Fiocruz é restrito àqueles pacientes que estão regularmente matriculados,
bem como aos animais que estão em acompanhamento no Laboratório de Pesquisa
Clínica em Dermatozoonoses em Animais Domésticos.
- Quanto tempo dura o tratamento?
Dependendo
do caso, o tratamento pode durar meses ou mais de um ano. É muito importante
que o tratamento seja seguido à risca.
- Já existe ou está sendo desenvolvida alguma vacina contra a esporotricose?
Não
existe vacina contra a esporotricose, mas alguns estudos vêm sendo
desenvolvidos.
DISPONÍVEL EM: FIOCRUZ
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